
Alexandra&Paulo
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O casamento é sempre aquele momento vivido a dois, pensado a dois, preparado a dois. Mas é o momento em que tanto o noivo como a noiva aproveitam para festejar com os seus familiares e amigos.
Mas este casamento foi um pouco diferente.
A Alexandra e o Paulo quiseram ter o dia deles. Um dia em que os cerca de 50 convidados estariam presentes, claro está, mas o dia era sem dúvida deles. E, mesmo inconscientemente, foi assim que se passou. Eles viveram o dia como se fosse o primeiro em que se conheceram e o último em que estariam juntos. Não se largaram um minutos desde que se uniram na pequena capela da Quinta da Torre, em Alpiarça. Um lugar diferente, acolhedor que, na luz de um fim de uma tarde de outubro, se tornou místico.
Encontrámos o Paulo na casa dos cunhados, em Almeirim. Fez questão de deixar a casa onde mora com a Alexandra, para a noiva ter todo o espaço e à vontade para se preparar, para se fazer princesa e para que tudo fosse uma surpresa. Eles queriam surpreender-se. E é assim que se alimenta um amor vivido, já partilhado há cinco anos, que deu como fruto uma filha, a Eva, e o amor de um entiado, o Bernardo.
O Paulo estava nervoso. Tentava esconder entre um e outro gole de vinho tinto que fazia questão de beber de uma taça de pé alto. "Tenho a garganta seca", disse entre gargalhadas enquanto vestia o casaco e se olhava no espelho para garantir que não defraudava a sua noiva. Ambiente sereno e de pura amizade. Aquela amizade que sentimos que ali existe, mesmo que não conheçamos as pessoas. Aquela amizade que se traduz em "quero para vocês o melhor que a vida vos possa dar".
Quando chegamos a noiva estava a ser maquilhada junto à janela da sala.
A noiva vestiu-se num ápice. Colocou os acessórios e estava pronta. Os filhos estavam com ela. Sairam de casa com ela, juntos, e viram a mãe preparar-se para ir para os braços do pai. O Paulo já estava na pequena capela da Quinta da Torre. Esperava, e a ansiedade tomava conta dele. O Bernardo e a Eva chegaram e o tremer de lábios já se notava, assim que entraram pela capela. Abraçou e beijou o filho do caração, deu colo à filha e foi ali, nesse momento, que se sentiram os laços criados, as ligações de sangue, o coração único que une os quatro.
A noiva surge, por fim, no contra luz à porta da capela. E ambos desabaram no choro. Um abraço que fez recordar o dia em que pensaram que despertaram uma paixão. O dia em que sentiram pela primeira vez "isto é amor". O dia em que disseram um ao outro "eu amo-te". A luz entrava pela porta da capela para iluminar o momento.
Depois de selados os votos e dado o primeiro beijo de casados seguiram para a festa. Um âmbiente de verdadeira classe proporcionado pelo tal sol de outono, no feriado de 5 de outubro. Uma temperatura simpática, uma luz estrondosa, boa música, misturada com os aromas de comida bem confeccionada ali na hora.
Aproveitámos logo, impacientes, para tirar uns minutos com os noivos e clicar, clicar, clicar. Aquela luz, naquele lugar é praticamente o sonho na Terra para um fotógrafo trabalhar. A cada click um suspiro. A cada cilck uma epifania. Um querer mais...
No corte do bolo, mais uma vez a simplicidade marcou a diferença. Revelou que "menos é mais". Que o que importa é o sentimento genuino e que a simpatia nunca está fora de moda. E é isso que marca. E faz a diferença.
Quinta: Quinta da Torre, Alpiarça
Músico: Gilberto Bento
Cabelo: Silvia Gil
Maquilhagem: Ana Marisa
Florista: Feito pela noiva
Bouquet: Feito pela noiva
























































