
Fábio&Fátima
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Diz-se que quando um amor é verdadeiro, o universo conspira a seu favor.
As estrelas brilham ainda mais e a lua enche.
Diz-se ainda que o que tem que ser tem muita força e, mais cedo ou mais tarde, chega até nós.
A Fátima e o Fábio foram os nossos noivos de 17 de Julho de 2021.
Conhecemo-los dias antes num ensaio fotográfico de namoro. Percebeu-se logo que ele faz tudo para a ver feliz e ela é a princesa dos seus olhos. Ela, vê nele o porto de abrigo. É segura, mas a cada ansiedade corre com os seus olhos à procura dos dele. E falam.
Conheceram-se ainda adolescentes, na escola. Ele diz que foi debaixo de uma laranjeira, mas Fátima não recorda esse pormenor. Dali nasceu, ainda que tímida, a primeira base de uma amizade. Um namoro de adolescentes acontece. A inocência ainda reinava. Namoraram um ano. Romperam. Mas voltaram a sentir o cheiro e o conforto dos braços um do outro cinco anos depois. Ele com 22 e ela com 21 anos. A 16 de Agosto de 2015. Desde então nunca mais se largaram.
Diz-se que quando um amor é verdadeiro, o universo conspira a seu favor.
31 de Maio de 2019. Não cabia nem mais uma estrela no céu. Durante um pic-nic no campo, Fábio pediu a sua namorada de sempre, para ser sua mulher. Entre risos e lágrimas, Fátima disse o sim.










Quando chegamos a casa do noivo, em Alviobeira, Fábio estava já à nossa espera. Aparentava calmo, mas o nervoso miudinho sentia-se. Elegante e equilibrado, o noivo foi-nos, então, revelando que a ansiedade começava a tomar conta dele. O que mais queria para esse dia era que tudo corresse bem para fazer feliz a sua "princesa". Mãe, pai e irmão, ajudaram a vestir o noivo. As fotos iam-se desenrolando ao mesmo timbre da conversa conosco. Sempre amável este noivo. E, nem a propósito do mote da conspiração do universo quando um amor é verdadeiro, surge o pai. Enquanto, descontraído, ajuda o filho a vestir o casaco, atira para nós: "sabem que todos os dias vejo ovnis aqui ao pé de casa?". Na vida estamos sempre a aprender. E, na profissão de fotógrafo de casamentos, lidamos directamente com os sentimentos e com as emoções, com as crenças das pessoas. Fábio riu perante a espontaneidade do pai, que até já foi à televisão falar do tema do avistamento de ovnis. Nós, ficámos na dúvida e prometemos voltar a Alviobeira para olhar o céu ao pé da sapiência do pai do noivo.
Chegámos a Tomar, a casa da noiva. Irmã e damas de honor ajudaram a vestir o tão ansiado vestido. Cor-de-rosa. A baixinha noiva esgueirou-se pelo vestido acima, apertou-o e deu mais uma das suas particulares gargalhadas. Uma princesa. De cor-de-rosa. Como nos filmes. Pegou no bouquet e depressa se fez à objectiva. Partiu para a igreja de Alviobeira.
Dois jovens. Dois amigos de adolescência. Que deram as mãos perante Deus. Que prometeram respeitar-se. Acima de tudo respeitarem-se. A palavra de ordem que ambos consideram primordial para que uma relação se sustente. Porque ele diz que a ama e ela segue o seu tom, com um olhar.
Haja luz. Luz, a principal ferramenta de um fotógrafo e de uma relação a dois.
As fotos falam por si.


















































